“Nosso cérebro está mudando, estamos ficando mais capazes”, esta afirmação é da psicóloga Fernanda Fúria.
Pode ser uma evolução da espécie mesmo.
E, junto com essa enorme mudança, vem uma revolução da educação, tanto nas escolas quanto nas atitudes dos pais,
e um futuro difícil de enxergar.
Mas o que determina isso?
Afinal de contas: o que nos traz a percepção de que os alphas já fazem parte de uma geração mais inteligente?
A palavra é: estímulo.
Mesmo que você leia e-books, ouça músicas e assista filmes on demand, a real é que você aprendeu isso ao longo da vida,
enquanto este cenário é completamente natural para o seu filho que já nasceu imerso em toda essa tecnologia e com as
facilidades de obter informação.
Temos uma preocupação muito maior em educar nossos filhos em ambientes voltados para o desenvolvimento infantil,
trazendo mais estímulos sensoriais. Nós valorizamos brinquedos, livros e dispositivos pensados no aprendizado das crianças.
Ainda que os fatores, causas e efeitos da tecnologia neste processo caminhem juntas e não estejam precisamente claros entre si,
podemos dizer que ela tem um papel importante no ambiente onde nossas crianças estão inseridas.
O tablet e as telas em geral, por exemplo, já são aliados no desenvolvimento dos pequenos. Com conteúdo adequado,
seguro e livre de excessos, os dispositivos tecnológicos podem fazer parte do universo das crianças e devem receber
o mesmo acompanhamento dos pais que as outras situações do dia-a-dia.
Existem, inclusive, aplicativos focados em estimular o aprendizado infantil que permitem que pais acompanhem
de perto a evolução dos filhos.
Menos hierarquia e mais diálogo entre pais e filhos
Na educação da Geração Alpha, os pais continuam sendo figuras de autoridade, no entanto existe mais diálogo.
As gerações x e y cresceram numa estrutura familiar e escolar muito mais hierárquica.
E neste momento o autoritarismo dessas relações cede lugar para posições cada vez mais efetivas de troca.
A tendência na educação escolar, de acordo com o documentário Alpha: a nova geração, é a mudança de sistemas
até então mais focados no conteúdo didático para um ensino mais customizado e voltado para o que a criança gosta.
Entendendo as gerações
É claro que determinar o passo entre uma geração e outra é muito relativo. Nós somos seres em constante
desenvolvimento e evoluímos de acordo com nossas necessidades. É um equívoco engessar gerações por serem
de épocas diferentes. O que quero dizer ao falar das características de cada uma é que caminhamos para
determinados rumos de acordo com as características mais marcantes de cada fase e trocamos aprendizados
entre uma geração e outra.
Evoluir e crescer!
É muita ousadia falar em evolução da espécie? Não sei.
O que sabemos é que avós, pais, irmãos, filhos e netos têm muito o que aprender entre si.
Tanto no resgate, quanto na reinvenção.
E essa relação é o que deve ser levada em consideração na hora de criar e aproveitar as ferramentas
tecnológicas que temos, sem perder o que há de mais valioso nas relações humanas e nas relações pessoa-mundo.