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Eu não sei liderar os funcionários que trabalham na minha casa

Eu não sei liderar os funcionários que trabalham na minha casa é a frase que mais ouvimos de nossas clientes, que parecem acreditar que existem pessoas que possuem esse “dom” sem precisar se esforçar para isso. Mas a verdade é que ninguém nasce líder, nem nas empresas nem na própria casa. Talvez não seja possível adquirir o carisma de alguns líderes, mas é possível desenvolver a habilidade de conversar sobre trabalho de forma direta, respeitosa e eficaz.

Liderança é uma competência como tantas outras, depende de estudo, dedicação e, principalmente, prática.

A Casa Coach se preocupa em levar de maneira humanizada e adaptada, as técnicas e ferramentas utilizadas pelas empresas para a gestão de todos os tipos de residências.

Afinal, uma casa é um pequeno restaurante, hotel, escola, berçário, e precisa de administração, gerenciamento.

E qual equipe, seja esportiva ou do mundo empresarial se desenvolve e cumpre seus objetivos e metas sem um bom coach, técnico ou líder, como prefira chamar?

Adquira o hábito de gerenciar sua casa e sua equipe. Assuma a liderança!

Sabemos que você é ocupada e que seu tempo é precioso – você não tem tempo a perder e por isso mesmo, não tem tempo para não gerenciar sua casa e sua equipe e assim ser surpreendida com problemas e dificuldades que não estavam em seu radar.

Comece reservando ao menos meia hora por dia para se dedicar ao planejamento e  o gerenciamento da sua casa. Nesse período, não combata incêndios. Aproveite esse momento para administrar com antecedência, antes que qualquer coisa dê certo ou errado. A palavra agora é planejar.

Sobre o que você deve falar

A atividade principal quando se trata de liderar pessoas, em qualquer ambiente é a comunicação. Converse sobre o trabalho quando as coisas estiverem indo bem, mal ou mais ou menos. Mantenha um diálogo constante e seja assertivo e específico: “é isto que eu preciso que você faça hoje, esta semana……O que eu posso fazer para te ajudar?”

É isso mesmo! A liderança da sua casa é sua responsabilidade, por isso, certifique-se periodicamente de que não existem problemas a serem resolvidos, recursos a serem adquiridos, alguma orientação ou tarefa que não esteja clara.

Seja aberto à escuta – os profissionais domésticos estão na linha de frente realizando o trabalho, ouça seu ponto de vista.

Trace objetivos e estratégias junto com eles. Dê conselhos, apoio, motivação e até mesmo inspiração quando possível.

Parece óbvio que o gerenciamento se baseia em assuntos referentes à rotina do trabalho, mas existem empregadores que querem ser “amigos” dos profissionais que trabalham em suas casas, mas acredite, por mais que a intenção seja de conexão positiva, a melhor forma de construir uma boa relação com os profissionais que trabalham com você é conversando sobre trabalho – que aliás, é o que vocês têm em comum, o real motivo pelo qual vocês possuem um relacionamento.

O que você acaba conversando com um funcionário, no fim das contas deve ser direcionado pelo que você quer que ele faça no curto e médio prazo.

Mantenha registros

Se possível, documente o desempenho, ou seja, registre datas, um resumo das conversas e os combinados, assim, além de deixar ainda mais clara a importância daquele momento, você não corre o risco de esquecimentos e confusões que podem colocar em dúvida o processo.

Mas atenção, não documente o desempenho somente quando o funcionário apresenta problemas! O efeito pode ser de desconfiança e desmotivação.

Organize-se! tenha um caderno específico e exclusivo para essas anotações, constando data e demais tópicos relevantes.

Para minimizar chance de problemas trabalhistas futuros, evite as conversas por celular e mensagens, especialmente em horários fora da carga horária cumprida pelo profissional, veja dicas sobre o WhatsApp fora do horário de trabalho do Correio Braziliense.

Combine e mantenha um meio e local para deixar recados e anotações.

Como os coaches mais eficazes se comunicam

Pense no melhor chefe ou professor que você já teve.

Pensou?

Pois é, os gestores mais eficazes têm uma forma especial de se comunicar. Transmitem autoridade e empatia, de forma que exige, mas também apoia, impõe disciplina, mas demonstra paciência.

Por isso, no gerenciamento de sua equipe, que pode ser composta por um ou vários profissionais, se comunique e forneça feedbacks:

– Prestando atenção em qual a melhor estratégia para lidar com cada pessoal (personalidade, estilo, cultura, forma de se comunicar, hábitos e motivações) . Com alguns você terá que ser mais detalhista, alguns precisam ser orientados diariamente, outros semanalmente, alguns reagem melhor a perguntas, outros preferem que lhes sejam dadas todas as respostas e assim vai;

– Concentre-se no desempenho, descrevendo de forma honesta e firme o desempenho do profissional e suas consequências;

– Deixe claro o que você quer que o funcionário faça no futuro imediato;

– Decida se deve conversar sobre algum aspecto mais geral ou sobre cada detalhe;

– Para alguns profissionais, desmembrar itens complexos em partes menores e ser específico e utilizar da máxima clareza faz a diferente entre o bom e o mal desempenho;

– Acompanhe!

10 dicas práticas de como dar feedback para sua equipe pela revista Exame da editora Abril.

Onde e quando devo conversar com os profissionais que trabalham em minha casa

Escolha um local que seja bom para você e para o funcionário e tente conversar sempre nesse mesmo lugar. Evite interrupções e demonstre que sua atenção e foco estão nessa conversa. Esse gerenciamento orientado ao trabalho dele levar entre 5 a 15 minutos. Talvez no início, por inexperiência de ambos os lados essa conversa leve um pouco mais de tempo, mas com a prática, deve ser uma conversa focada, clara e objetiva, sem espaço para mudanças de rumo que só tornarão a conversa pouco produtiva e demorada.

O horário provavelmente será ditado pela rotina da casa e da família e acredite, a maioria dos empregados domésticos tem muito mais necessidade de conversar com você do que imagina. Assim, ao menos durante um tempo tenha esses encontros com mais frequência do que julga necessário e com o passar do tempo você poderá recuar um pouco e fazer menos reuniões.

Se vale a pena? Experimente e depois nos conte ?

Não espere pelos problemas para começar a gerenciar. A maior parte das pessoas “gerencia” sua equipe somente quando existe um problema ou falha recorrente.

 

Os temidos conflitos

  • Você detesta entrar em conflito com o empregado doméstico pois acha que isso só vai deixar as coisas ainda piores?
  • Evita dar feedbacks negativos até o máximo possível?
  • Quando surgem problemas no trabalho realizado você somente faz uma alusão a ele, deixando sugestões pairarem na esperança de que ela corra atrás para melhorar?
  • Se a questão não parece tão importante você faz vista grossa e promete que da próxima vez vai falar?

Na verdade, ninguém tem prazer em estar envolvido em uma situação de conflito, mas vamos combinar que se o acompanhamento do trabalho não for uma rotina na residência as chances dos problemas (que sempre surgem, mais cedo ou mais tarde) e não podem mais ser varridos para debaixo do tapete se tornarem um conflito é praticamente inevitável?

Já assistimos alguns casos  em que, quando as conversas para aprimorar o desempenho do profissional acontecem, já é tarde demais para algo de efetivo ser feito, isso porque enfrentar uma situação problema depois que ela já se degenerou e assumiu grandes proporções, é muito mais difícil e desgastante do que evitar seu surgimento ou buscar sua solução no início.

Por menos que seja, nenhum problema deve ser negligenciado, sob o risco de, com frequência, seguirem piorando até ficarem enormes. Lembre-se, da mesma maneira, êxitos devem ser reconhecidos e se for o combinado, recompensados.

Se você conversar regularmente com o profissional que trabalha na sua casa sobre detalhes do trabalho, falar sobre pequenos erros e problemas tenderá a ser algo natural e resolver essas questões será parte do diálogo constante entre vocês.

Essa postura também mostra que você está prestando atenção no trabalho realizado e dá a oportunidade de a pessoa saber do problema e poder agir para melhorar. É triste constatar que muitas profissionais não têm a menor ideia do que desagrada (ou agrada) seus empregadores e leva com frequência à demissão.

 

Quando os problemas continuam…

 

Alguns problemas permanecem mesmo quando você os enfrenta de maneira direta e firme. Pare e pergunte-se se está deixando algo passar.

Precisa olhar para ele sob outro ponto de vista?

Quando se chega a esse ponto, praticamente todos os problemas se devem a um desses fatores: capacidade, preparo e motivação.

  • Se o problema for capacidade, os pontos fortes do profissional provavelmente não atendem todas as suas tarefas e responsabilidades. Nesse caso a melhor opção é substituir essas responsabilidades por outras mais adequadas a ele ou contar com o auxílio de outro profissional que com frequência a ser definida possa auxiliar em determinada tarefa. Caso não tenha como fazer isso, encare o fato de que não terá o profissional correto para aquele trabalho.
  • Se o problema for preparo – o profissional não tem conhecimento, não domina as técnicas ou não possui recursos necessários, é seu papel como líder identificar as deficiências e oferecer treinamento ou meios adequados
  • O problema mais difícil de ser solucionado é a motivação, a vontade de trabalhar. Cada pessoa é única e, portanto, estímulos diferentes motivam pessoas diferentes. Mas é preciso entender: o que desmotiva essa pessoa?

Pode se tratar de uma questão pessoal, um traço de personalidade que dificilmente vai mudar, uma doença física ou psicológica que exija a intervenção de um terapeuta ou médico. Nesse caso, sua melhor opção é auxiliar orientando que procure um profissional. Afinal, as vezes são questões delicadas que precisam ser tratadas por pessoas preparadas para tal.

O mais frequente, porém, é que o profissional esteja desmotivado por existir algo que queira, mas não esteja conseguindo: melhores condições de trabalho (incluindo remuneração compatível), horários mais adequados à sua rotina, as tarefas que vem desempenhando ou seus colegas de trabalho. Aqui a pergunta mais pertinente é “existe alguma necessidade ou vontade da qual você possa tirar proveito para incentivar esse profissional a começar a trabalhar com mais dedicação e eficiência?”

Comece assim

Antes de comunicar essa nova forma de gerenciamento, prepare-se reservando um período do dia para essa finalidade, praticando o modo de falar de um coach – assertivo, cuidadoso e específico, trace um primeiro cronograma dos assuntos que quer abordar em cada reunião, seguido de exemplos e perguntas para entender melhor o ponto de vista da profissional (lembre-se de tratar somente de um assunto a cada reunião) e reflita sobre como acompanhará o desempenho.

Agora que se preparou, fale para o profissional ou profissionais sobre as mudanças no gerenciamento que fará em sua casa. Nesse momento, evite agir como se tivesse feito algo errado até o momento. Lembre-se de que você está dando uma boa notícia, afinal, você vai dedicar mais tempo para melhorar a rotina e os cuidados com sua casa e família, preparando os empregados domésticos a fazerem seu trabalho com mais qualidade e orientação, direcionamento e apoio. Para ser um bom líder, seja simples na mensagem, como por exemplo “vou sentar com você para juntas planejarmos o dia, a semana e verificar o que você precisa e como posso te ajudar”.

Não deixe passar……

Tenha foco e crie o hábito de gerenciar (e liderar) sua casa, pois começar, e por algum motivo interromper esse importante passo, será decepcionante para os profissionais e para você mesma, que não se dará a oportunidade de se sentir mais orgulhosa de si mesma e de seus resultados.

E se precisar, conte sempre com a Casa Coach!